
O mítico Bombeiro Manel, que mensalmente escreve para o Jornal Bombeiros de Portugal, foi recebido esta sexta-feira em Belém pelo Presidente da República.
À semelhança do que tem acontecido com outras individualidades, banqueiros e instituições, Cavaco Silva quis perceber a opinião do Bombeiro Manel sobre esta matéria, que, tem criado tanto impasse na constituição do novo governo.
A redacção do «Boca» d’ Incêndio acompanhou a visita do Manel até aquele que é um dos mais emblemáticos palácios existentes em portugal.
À chega, Cavaco Silva, presta continência ao homem de vermelho e capacete amarelo e dá-lhe um grande abraço, porém, o bigode do manel não se desfez em sorrisos, muito pelo contrário.
Após um pequeno impasse para ver quem entrava primeiro na enorme porta do palácio, Cavaco Silva convida a redação do «Boca» d’ Incêndio a acompanhar o bombeiro Manel nesta audiência.
Cavaco Silva, começa por questionar “como vão as coisas pelos bombeiros e proteção civil”, o bombeiro Manel, sem papas na língua, refere que “estão como os sucessivos governos querem, mal, muito mal.” Encavacado, Cavaco questiona o seu ilustre convidado, “…qual é o grande problema dos bombeiros?” referindo que, nestes últimos 10 anos não tem andado atento à estrutura e ao desenvolvimento da sua atividade.
O bombeiro Manel, aproveitando a abertura da conversa, referiu que os bombeiros não têm uma estrutura própria, a ANPC é uma estrutura pesadíssima, cheia de vícios e gerida por generais sem tropas. Referindo-se ao Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS), Manel, referiu que “as coisas na prática não funcionam, dado que os comandantes distritais acabam por não assumir nem ter o poder de decisão, criando muitas vezes problemas no comando das operações.”
Efetuando uma critica aos experimentalismos, Manel proferiu ainda que “Portugal já experimentou diversos modelos e pelos visto teima em não acertar com nenhum, isto tem que mudar…” referiu indignado.
Cavaco registou as reclamações e questionou o bombeiro Manel sobre a sua opinião de um governo à esquerda, Manel, referiu que “nem à esquerda, nem à direita, sou apologista de um governo bombeiral, capaz de dar condições aos homens e mulheres que, durante 365 dias por ano trabalham em prol da sua comunidade a troco de nada, de amor à camisola e que fazem do seu trabalho um lema de vida”.
Emocionado, com as lágrimas a bailarem-lhe nos olhos, Cavaco decidiu nesse instante “está decidido, a partir de amanhã, Manel, vais constituir um governo bombeiral”.
A redação do «Boca» d’ Incêndio, perante tal atitude, não deixou de expressar o seu contentamento, prometendo ao atual presidente da república fazer um grande artigo de destaque.