A proposta governativa promete ser polémica e, por isso, o Ministério da Administração Interna decidiu comentá-la apenas com o «Boca» d’ Incêndio. Diz fonte governativa que “o sistema de compensações atuais é desproporcionado, uma vez que paga tanto pelo estado de prontidão como pelo trabalho de combate efetivo”. Assim sendo, o que pretende o MAI? “Pagar o real valor das missões!”, tendo chegado a 135 euros (três vezes o que é pago atualmente) como valor a ser pago a que cumpra mais do que 8 horas em missão diária. “Não se trata de aumentar o valor, trata-se de pagar o suor e o esforço de milhares de bombeiros que até aqui eram, assumimos, explorados.”
O «Boca» d’ Incêndio perguntou ainda qual será então o valor a pagar no futuro ao “estado de prontidão”, tendo a mesma fonte Ministerial assegurado que será inferior ao atual. Perante a insistência do «Boca» d’ Incêndio, o responsável governativo libertou “o valor de 15 euros”, completando que este valor “será pago a todos os bombeiros que estejam menos de 8 horas a combater incêndios”. Confrontado com a possível injustiça que pode estar a ser cometida entre os que passam 7 horas e os que passam 9 horas no Teatro de Operações, o mesmo interlocutor referiu que “os bombeiros têm de ser inteligentes como nós”, piscando o olho em seguida com ar de malandro.
Irritado com a situação, o «Boca» d’ Incêndio tentou perceber o que pensava disto o presidente da confederação de bombeiros. Porém, nada conseguiu saber, uma vez que Jaime Soares estava a preparar a próxima assembleia leonina e ainda não conhecia os contornos desta situação, deixando apenas escapar “se é para ganharmos mais, está aprovado e nem precisa de discussão”. E mais não disse!
O «Boca» d´Incêndio procurará mais reacções e fará, na falta de outros, a defesa intransigente dos bombeiros portugueses, mesmo dos que não concordam com o maravilhoso «Boca» d’ Incêndio.